Espécie endêmica do Brasil (Flora do Brasil 2020 em construção, 2019), com ocorrência nos estados: ESPÍRITO SANTO, municípios Castelo (Kollmann 7904), Santa Teresa (Vasconcelos 760); MINAS GERAIS, municípios Araponga (Moura 21), Caparaó (Antunes 637), Fervedouro (Antunes 651); RIO DE JANEIRO, município Santa Maria Madalena (Martinelli 13346).
Árvore de até 5 m, endêmica do Brasil (Flora do Brasil 2020 em construção, 2019) foi coletada em Floresta Ombrófila associada à Mata Atlântica, nos estados de Espírito Santo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Apresenta EOO=15126 km², AOO=36 km² e está sujeita a seis situações de ameaça. Os principais vetores de transformação florestal são as atividades agropecuária, destacando o café no Estado do Espírito Santo e a cana-de-açúcar e pecuária no Rio de Janeiro (Lumbreras et al.,2004, Zoccal et al. 2006), o cultivo da cana-de açúcar, foi responsável pelo desaparecimento quase que completo das formações florestais da região (Fundação CIDE, 2001). A cana-de-açúcar, item mais expressivo da produção agrícola no fim do século XX, mantém-se como principal produto agrícola, com seu cultivo concentrado na região de Campos. No sul do Espírito Santo, o café continua sendo a principal atividade agrícola (SEAMA 2018). Nos municípios em torno ao Parque Nacional do Caparaó (PNC) as atividades agropecuárias continuam sendo a base da economia, com destaque para a atividade cafeteira e em menores proporções áreas de pastagens e de silvicultura (Castro & Pereira, 2007). Nos municípios de ocorrência da espécie os remanescentes da Mata Atlântica original estão entre 11 e 26% e as áreas transformadas em pastagem estão entre 12 e 50% do território (Lapig, 2018; SOS Mata Atlântica/INPE - Aqui tem Mata, 2019). A espécie ocorre no território de abrangência do Plano de Ação Nacional para a conservação da flora endêmica ameaçada de extinção do estado do Rio de Janeiro (Pougy et al., 2018). Não existem dados sobre tendências populacionais e não são descritos usos efetivos ou potenciais que comprometam sua sobrevivência na natureza. Diante o exposto, infere-se o declínio nos valores de EOO, AOO e em qualidade de habitat. Assim, S. delicata foi considerada Vulnerável (VU) à extinção neste momento, demandando ações de pesquisa (tendências e números populacionais) e conservação (estabelecimento de UCs e programas de conservação ex situ).
Descrita em: Novon 16(4): 530–532, fig. 1–2. 2006.
Estresse | Ameaça | Declínio | Tempo | Incidência | Severidade |
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1.2 Ecosystem degradation | 2.3 Livestock farming & ranching | habitat | past,present | local | high |
O município de Santa Maria Madalena (RJ), com 81476 ha, tem 34037 ha (42%) de seu território convertidos em pastagens. O município de Fervedouro (MG), com 35768 ha, contém 50% de sua área (17684 ha) convertida em pastagens. O município de Araponga com 30379 ha tem 41% de seu território (12427 ha) convertidos em pastagem. O município de Santa Teresa com 68315 ha tem 12,3% de seu território (8449 ha) transformados em pastagem. O município de Castelo com 66406 ha tem 30,3% de seu território (20157 ha) transformados em pastagem (Lapig, 2018). | |||||
Referências:
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Estresse | Ameaça | Declínio | Tempo | Incidência | Severidade |
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2 Species stresses | 5.3 Logging & wood harvesting | habitat,mature individuals | past,present | regional | very high |
O município de Santa Teresa com 68316 ha possui 13933 ha que representam 20% da Mata Atlântica original do município. O município de Castelo com 66406 ha possui 13303 ha que representam 20% da Mata Atlântica original do município.O município de Apaponga com 30339 ha possui 6346 ha que representam 20,89% da Mata Atlântica original do município. O município de Caparaó com 13069 ha possui 2167 ha que representam 16,58% da Mata Atlântica original do município. O município de Fervedouro com 35768 ha possui 4203 ha que representam 11,75% da Mata Atlântica original do município.O município de Santa Maria Madalena com 81476 ha possui 21252 ha que representam 26,08% da Mata Atlântica original do município (SOS Mata Atlântica/INPE - Aqui tem Mata, 2019) | |||||
Referências:
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Estresse | Ameaça | Declínio | Tempo | Incidência | Severidade |
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1.1 Ecosystem conversion | 1 Residential & commercial development | habitat | past,present,future | regional | high |
A região litoral sul do Espírito Santo apresenta elementos potenciais para o desenvolvimento de diversas atividades econômicas, sobretudo dos setores turístico e residencial. Entretanto, a não compatibilização dessas atividades com os recursos naturais disponíveis vem gerando modificações no meio físico/natural com elevado grau de desequilíbrio físico-territorial e ambiental, o que tem comprometido seriamente a estruturação do desenvolvimento regional (IPES, 2000). No território do Norte Fluminense é a crescente taxa de urbanização, com crescentes fluxos migratórios atraídos pela crescente oportunidade oferecida pelo setor petrolífero (Lemos et al., 2014). Adicionalmente, o setor do turismo vem sendo incentivado nas áreas Norte-Noroeste Fluminense, conhecidas como Costa Doce e Noroeste das Águas, respectivamente (Costa, 2015, SETUR, 2018). | |||||
Referências:
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Estresse | Ameaça | Declínio | Tempo | Incidência | Severidade |
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1.1 Ecosystem conversion | 2.1.3 Agro-industry farming | habitat | past,present,future | national | very high |
Área largamente utilizada por atividades agropecuária, destacando o café no Estado do Espírito Santo e a cana-de-açúcar e pecuária no Rio de Janeiro (Lumbreras et al.,2004, Zoccal et al. 2006). No passado, a monocultura do café constituía a grande riqueza fluminense, influenciando o cultivo dos cafezais capixabas na região sul do estado. No entanto, erosão dos solos e a abolição da escravatura provocaram sua decadência, sendo substituído pelo plantio de cana-de-açúcar, principalmente na região norte-fluminense. Adicionalmente, o cultivo da cana-de açúcar, foi responsável pelo desaparecimento quase que completo das formações florestais (Fundação CIDE, 2001). A cana-de-açúcar, item mais expressivo da produção agrícola no fim do século XX, mantém-se como principal produto agrícola, com seu cultivo concentrado na região de Campos. Ainda hoje, o cultivo da cana e a produção do açúcar/álcool se posicionam com destaque na economia. No sul do Espírito Santo, o café continua sendo a principal atividade agrícola (SEAMA 2018). | |||||
Referências:
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Estresse | Ameaça | Declínio | Tempo | Incidência | Severidade |
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1.1 Ecosystem conversion | 2.1 Annual & perennial non-timber crops | habitat | past,present | regional | high |
Nos municípios em torno ao Parque Nacional do Caparaó (PNC) as atividades agropecuárias continuam sendo a base da economia, com destaque para a atividade cafeteira e em menores proporções áreas de pastagens e de silvicultura (Castro & Pereira, 2007). | |||||
Referências:
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Estresse | Ameaça | Declínio | Tempo | Incidência | Severidade |
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1.1 Ecosystem conversion | 5.3 Logging & wood harvesting | habitat,mature individuals | past,present | national | very high |
Perda de habitat como consequência do desmatamento pelo desenvolvimento urbano, mineração, agricultura e pecuária representa a maior causa de redução na biodiversidade da Mata Atlântica. Estima-se que restem apenas entre 11,4% a 16% da vegetação original deste hotspot, e cerca de 42% da área florestal total é representada por fragmentos menores que 250 ha (Ribeiro, et al. 2009). | |||||
Referências:
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Estresse | Ameaça | Declínio | Tempo | Incidência | Severidade |
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1.1 Ecosystem conversion | 1.1 Housing & urban areas | habitat | past,present | national | high |
A restinga é um ambiente naturalmente frágil (Hay, et al. 1981), condição que vem sendo agravada pela forte especulação imobiliária, pela extração de areia e turismo predatório, além do avanço da fronteira agrícola, introdução de espécies exóticas e coleta seletiva de espécies vegetais de interesse paisagístico. A pressão exercida por essas atividades resulta em um processo contínuo de degradação, colocando em risco espécies da flora e da fauna (Rocha et al., 2007). | |||||
Referências:
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Ação | Situação |
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5.1.2 National level | on going |
A espécie ocorre no território de abrangência do Plano de Ação Nacional para a conservação da flora endêmica ameaçada de extinção do estado do Rio de Janeiro (Pougy et al., 2018). A espécie será beneficiada por ações de conservação que estão sendo implantadas no PAN Rio, mesmo não sendo endêmica e não contemplada diretamente por ações de conservação. | |
Referências:
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Ação | Situação |
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5.1.2 National level | needed |
A espécie ocorre em um território que será contemplado por Plano de Ação Nacional (PAN) Territorial, no âmbito do projeto GEF pró-espécies: todos contra a extinção : Território Espírito Santo- 33 (ES) e Território Vale do Paraíba - 30 (RJ). |
Ação | Situação |
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1.1 Site/area protection | on going |
A espécie foi coletada em: PARQUE ESTADUAL SERRA DO BRIGADEIRO (PI), ÁREA DE PROTEçãO AMBIENTAL ALTO TABOãO (US), PARQUE ESTADUAL DO FORNO GRANDE (PI), RESERVA BIOLÓGICA AUGUSTO RUSCHI (PI). |
Uso | Proveniência | Recurso |
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17. Unknown | ||
Não existem dados sobre usos efetivos ou potenciais. |